O Homem Egoico
O homem foi-se desenvolvendo, e, como
qualquer ser vivo, foi criando uma estrutura individualizada capaz de
sobreviver no meio que o rodeia. Foi evoluindo em equilíbrio com o meio e
posteriormente foi desenvolvendo mecanismos sofisticados para sobreviver
enquanto organismo. Enquanto estes se desenvolveram no domínio do inconsciente,
ocorreram de forma natural em equilíbrio com o meio envolvente. Contudo, quando desenvolveu uma mente “racional” e
um ego, para incrementar a sua individualidade, as potencialidades de
desenvolvimento aumentaram, mas também os perigos. As estratégias de
protecção que foi criando foram-se tornando cada vez mais complexas e
sofisticadas, de forma que a mente humana, por um lado, deixou de conseguir
assimilá-las na totalidade e, por outro, o seu ego não o deixa compreender as suas
implicações e o homem perdeu o controlo das mesmas.
Quando o homem começou a ter
consciência de si próprio, achou-se o mais capaz, no seu conhecido mundo
restrito, e começou a considerar-se superior a todos os outros seres, passou a ver-se como um entidade “suprema"
que considera que pode viver independentemente de tudo o que o rodeio. O
seu ego cresceu de tal forma que, à semelhança de uma doença auto-imune,
virou-se contra o próprio homem. Assim, fruto da sua sobranceria vê-se como um
individuo material individualizado e não se consegue conhecer como fazendo
parte de um Todo, que por isso, tem de viver e interagir com os outros seres e
com o meio em equilíbrio. Não consegue conhecer a sua essência, a qual o liga a
tudo o que o rodeia. Se continuar a trilhar este caminho poderá vir a tornar-se
cada vez mais infeliz, a destruir a raça humana e o planeta em que habita
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