Sunday, 21 February 2016


São os desafios do dia a dia que nos proporcionam oportunidades de crescermos. Ao que a maioria das pessoas chamam “problemas”, eu posso chamar desafios, mas prefiro a designação de “oportunidades de crescimento”, pois sem elas não poderíamos aprender, não poderíamos crescer. Não geraríamos alegria por ter conseguido vencer aquele desafio. Contudo, no campo da materialidade, tudo obedece à dialéctica dos opostos, existem sempre duas faces. Poderemos sempre vencer o desafio, ou pelo menos aceitar o resultado, ou poderemos não aceitar o resultado. Conforme a nossa posição perante o resultado seja uma ou outra, podemos desenvolver emoções opostas, umas que nos ajudam a ligarmo-nos aos outros, a que chamo emoções “positivas”[1], outras que nos levam a separarmo-nos dos outros a que chamo emoções “negativas”. Quando resolvemos um “problema” e criamos uma ligação afectiva positiva, relativamente à pessoa, ao objecto ou ao acontecimento, desenvolvemos emoções positivas, de alegria, de contentamento ou até de amor. Se pelo menos aceitarmos a situação sem a vermos como “um problema”, ou geramos um sentimento positivo, como resultado de sentirmos que progredimos, que aumentámos a nossa capacidade de aceitação, ou pelo menos não desenvolvemos emoções negativas. Se quando não conseguimos resolver o “problema” não aceitamos a nossa incapacidade de o resolver, geramos, em sentido oposto, revolta, raiva, ódio. Estas últimas emoções alimentam a nossa mente e os nossos pensamentos tornam-se obsessivos, donde resultam mais emoções, num ciclo interminável. Infelizmente esta é muitas vezes a opção que tomamos, quando não aceitamos os resultados por eles não irem ao encontro dos interesses do nosso ego.

O desenvolvimento de emoções como a alegria, o contentamento, o amor, são emoções que nos ligam aos outros. Estas emoções irradiam para os outros, fazem com que eles também fiquem “contaminados” pelo mesmo tipo de emoções. Criam uma ligação afectiva “positiva” aos outros, isto é ajudam-nos, a todos, a sermos felizes. O desenvolvimento de emoções como o medo e seus derivados, raiva, revolta, ódio, inveja….,  separam-nos dos outros, gera nos outros emoções do mesmo tipo. Eu diria que com o primeiro tipo de emoções podemos caminhar para um nível de consciência mais elevado, aproximamo-nos da Consciência Universal, enquanto como segundo podemos seguir o caminho da infelicidade. Contudo, estamos sempre a tempo de inverter o caminho e tornarmo-nos capazes de aproveitar as oportunidades de crescimento e aprendermos a lição.  




[1]              Chamo emoções “positivas” as que nos ajudam a cumprimos o que entendo que será o principal objectivo de todo o homem, construir-se com um ser feliz, e “negativas” às que não cumprem este objectivo e pelo contrário geram infelicidade.

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